Afluente:
nome dado aos rios e cursos de água menores que desaguam em rios principais. Um afluente não flui diretamente para um oceano, mar ou lago. Os Afluentes e o rio principal servem para drenar uma determinada bacia hidrográfica. Ao ponto de junção entre um rio e um afluente é dado o nome de confluência.
Água doce:
água que possui baixas concentrações de material dissolvido (salinidade inferior a 2 000 ppm) principalmente cloreto de sódio (NaCl).
Água dura:
água com alta concentração de cálcio e magnésio que resulta na formação de um precipitado na superfície de equipamentos e tubulação.
Água esterilizada:
água isenta de microorganismos vivos.
Água fluvial:
água que escoa superficialmente e anualmente em formas de rios.
Água freática:
água subterrânea localizada em poros, fraturas e cartes de rochas subterrâneas.
Água intersticial:
água que ocupa os interstícios ou vacâncias das rochas (fraturas, poros e cartes).
Água mineral:
Denominam-se águas minerais as “águas provenientes de fontes naturais ou artificialmente captadas, que possuam composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns, com características que lhes confiram uma ação medicamentosa” (DNPM, 1966). Esta conceituação, do Código de Águas Minerais do Brasil, é a mais aceita, embora existam outras definições baseadas em tipos de águas minerais que não se enquadrem completamente no critério acima.
Água pluvial:
água provinda de chuvas e que pode ser armazenada em diversos sistemas de saneamento, chamados também de galerias pluviais ou esgosto pluvial, com tubulações próprias e podem ser destinadas nos cursos de água, como por exemplo, lagos, rios ou mar.
Água potável:
água que não oferece riscos à saúde humana, podendo ser obtida naturalmente ou com processamento físico-químico.
Agua residual:
água resultante de algum processo industrial ou doméstico.
Água salgada:
água com grandes concentrações de sais, acima de 1.000 ppm de sais totais, que normalmente ultrapassam os padrões aceitos para usos domésticos, industriais e agropecuário.
Água salobra:
água de aparência turva que apresenta grandes quantidades de sal, minerais e outras substâncias dissolvidas.
Água subterrânea:
água contida em rochas (poros, fraturas e cartes) localizadas na camada superficial da terra.
Altura manométrica:
altura total de uma coluna de água em relação a uma referência.
Aluvião:
detritos e sedimentos de qualquer natureza que não foram geologicamente compactados e cimentados.
Agência Nacional das Águas (ANA):
Agência criada pela Lei nº 9.443/97, também conhecida como Lei das Águas. Foram-lhe conferidas características institucionais e operacionais um pouco diferentes das demais agências reguladoras. A legislação atribuiu ao Poder Executivo Federal a tarefa de implementar o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) e a Política Nacional de Recursos Hídricos. Além disso, criou uma autoridade responsável pela emissão de outorgas de direito de uso de recursos hídricos em rios sob domínio da União, ou seja, aqueles que atravessam mais de um estado, os transfronteiriços e os reservatórios construídos com recursos da União. principais competências são: 1) manter atualizado o balanço hídrico das bacias; 2) manter   o cadastro de   usuários e efetuar,   mediante delegação do outorgante, a cobrança pelo uso de recursos hídricos; 3) analisar e emitir pareceres sobre os projetos e as obras a serem financiados com recursos gerados pela cobrança pelo uso dos recursos hídricos e encaminhá-los à instituição financeira responsável pela administração desses recursos; 4) acompanhar a administração financeira dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso dos recursos hídricos em sua área de atuação; 5) gerir o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos em sua área de atuação; 6) celebrar convênios e contratar financiamentos e serviços para a execução de suas competências; promover os estudos necessários para a gestão de recursos hídricos em sua área de atuação; 7) elaborar o Plano de Recursos Hídricos para apreciação do respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica; 8) propor ao respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica o enquadramento dos corpos de água nas classes de uso, os valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos, o plano de aplicação de recursos e o rateio de custos das obras de uso múltiplo.
Aquífero:
formação rochosa subterrânea porosa, fraturada ou cárstica com os interstícios preenchidos por água.
Aquífero artesiano:
do ponto de vista original, a palavra ‘artesiano’ provém dos aquíferos localizados na região da Artésia (poço jorrante), França. Nesta região, o aquífero encontra-se confinado sob uma formação impermeável, que por sua vez ao ser perfurada, favorece a água jorrar na superfície naturalmente, sem a necessidade de sistemas de elevação artificial.Com a disseminação das técnicas de perfuração e dos meios de obtenção de água subterrânea, convencionou-se chamar qualquer poço de água de poço artesiano. Portanto, popularmente o aquífero artesiano é qualquer formação rochosa porosa, fraturada ou cárstica preenchida por água.
Aquífero confinado:
formação rochosa permeável e preenchida por água em suas vacâncias e situada sob outra formação rochosa impermeável.
Aquífero livre:
aquífero no qual a pressão nos fluidos localizados nas vacâncias da rocha encontra-se sob pressão atmosférica.
Área de recarga:
área de uma bacia hidrográfica responsável pela captação de água da chuva e sua transferência para o interior da formação rochosa subterrânea.
Arenito:
rocha porosa resultante da compactação de sedimentos de diferentes diâmetros (areia). Normalmente apresenta alta permeabilidade e alta porosidade quando comparada às rochas fraturadas, resultando em vazões superiores àquelas em outros tipos de formação.
Bacia hidrográfica:
área circundada por divisores de água que são drenados por um curso de água, como um rio, por exemplo.
Basalto:
rocha cristalina de origem vulcânica.
Bomba de água:
dispositivo mecânico ou elétrico utilizado para elevar fluidos.
Bomba submersa:
equipamento composto por motor elétrico, rotores e estator, que fica imerso no fundo do poço posicionado a 60% da profundidade total.
Capilaridade:
é um fenômeno físico onde o fluido escoa por um microcanal devido às forças interfaciais entre o fluido o sólido (rocha).
Carste:
fratura de grandes dimensões ou megaporos em rochas cristalinas, principalmente em regiões calcáreas e carbonáticas.
Ciclo hidrológico:
ciclo no qual a água muda de estado físico, como por exemplo, evaporação e precipitação, e escoa por diferentes meios, como águas superficiais, subterrâneas, rios, lagos e mares. Este ciclo envolve diversos reservatórios de água, sendo que os oceanos correspondem a 97% de toda a água do planeta, 2,24% às geleiras, 0,75% às águas subterrâneas e 0,01 a rios, lagos e outras águas superficiais terrestres.
Clarificação:
processo que reduz a concentração de materiais suspensos na água, diminuindo a sua turbidez.
Cloração:
técnica que   consiste na aplicação de cloro ou compostos clorados em água   potável, esgotos ou despejos industriais, para desinfecção e oxidação de compostos indesejáveis. Processo químico utilizado para estabelecimento do controle bacteriológico das águas.
Coeficiente de armazenamento:
parâmetro hidrogeológico e adimensional que representa a fração de água que pode ser retirada de um aquífero. Um coeficiente de armazenamento 0,1 corresponde a 10% de água em um volume total da formação (rocha e água contida).
Cone de depressão:
efeito provocado pelo funcionamento do sistema de bombeamento onde ocorre a formação de uma área em forma de cone em torno do poço.
Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH):
Órgão máximo da política nacional de recursos hídricos. É um colegiado que desenvolve regras de mediação entre os diversos usuários da água sendo, assim, um dos grandes responsáveis pela implementação da gestão dos recursos hídricos no País. Por articular a integração das políticas públicas no Brasil é reconhecido pela sociedade como orientador para um diálogo transparente no processo de decisões no campo da legislação de recursos hídricos. O Conselho Nacional de Recursos Hídricos desenvolve atividades desde junho de 1998, ocupando a instância mais alta na hierarquia do Sistema Nacional de Gerenciamento de   Recursos   Hídricos.   Foi   instituído   pela   Lei   nº 9.433,  de   8 de   janeiro   de   1997   e regulamentado pelo Decreto no. 4.613, de 11/03/2003.
Crenoterapia:
terapia que faz parte do chamado termalismo, que estuda todas as maneiras de utilizar a água como recurso terapêutico. A crenoterapia consiste no uso de águas minerais com propriedades consideradas medicamentosas e que podem ser utilizadas para complementar o tratamento de vários problemas de saúde.
Decantação:
separação das fases dispersas devido à ação de um campo centrífugo ou da gravidade. A taxa de decantação depende principalmente do tamanho das partículas e da
Efluente:
resíduo líquido resultante de processos industriais.
Ensaio de caudal:
técnica de medição utilizada para avaliar diversos parâmetros hidrogeológicos, como por exemplo, coeficientes de transmissividade, permeabilidade e armazenamento.
Filtração:
processo físico onde um fluido atravessa uma superfície porosa capaz de reter particulados sólidos.
Filtro:
dispositivo mecânico capaz de reter partículas sólidas com disstruição de tamanhos específicos.
Fraturas:
descontinuidades em uma rocha cristalina formadas por esforços geológicos externos ou internos. Indicam perda de coesão da rocha e podem apresentar-se preenchida por materiais ou fluidos. Fraturas planares, extensas e sem deslocamentos são conhecidas como juntas, ao passo que fraturas com deslocamentos são conhecidas como falhas. Em formações cristalinas, a fratura é o meio de armazenamento e de escoamento da água subterrânea.
Folhelho:
rocha sedimentar de origem detrítica que pertence ao subgrupo das rochas argiláceas, devido à natureza dos seus principais constituintes. Por vezes é confundida com a rocha metamórfica xisto. Os folhelhos estão sujeitos à interposição de cimentos ou compressões, sendo apelidados de rochas argiláceas consolidadas. Devido a estas pressões e à disposição orientada das minúsculas placas minerais que formam as rochas argilosas, apresentam-se mais ou menos foliadas, na direção correspondente aos planos de estratificação. Os folhelhos são rochas que possuem grãos do tamanho da argila, mas diferenciam-se dos argilitos porque possuem lâminas finas e paralelas esfoliáveis, enquanto que os argilitos apresentam um aspecto mais maciço, compactado e endurecido. Podem sempre riscar-se ou cortar-se com um canivete. Quando bafejados, dão um cheiro a barro mais ou menos intenso. Tal como as argilas, podem ter uma cor muito variada: amarelada, vermelha, parda, acastanhada, cinzenta a negra, e até esverdeada. Também podem conter minerais acessórios como os carbonatos, pirite, gesso e outros.
Franja capilar:
conhecida também como zona capilar, localiza-se acima da zona saturada (lençol freático). A franja capilar é a camada de material que contém poros, fraturas ou cartes preenchidos por água subterrânea que ascende a partir do lençol freático por capilaridade.
Geofísica:
ciência que utiliza diversos princípios físicos, como por exemplo, sísmicos, elétricos e magnéticos, para estudar a Terra.
Geologia:
ciência que estuda a Terra, envolvendo aspectos relacionados ao solo, composição, dinâmica de placas tectônicas, transformação e propriedades físicas, químicas e bacteriológicas de rochas.
Gnaisse:
tipo de rocha cristalina que passou pelo processo de metamorfismo.
Gradiente geotérmico:
variação de temperatura em função da profundidade (direção ao centro da Terra). O gradiente geotérmico médio da crosta terrestre é de 25 °C/km, ou seja, a cada 40 metros perfurados, observa-se um acréscimo de 1 °C.
Granito:
rocha cristalina de origem ígnea composta principalmente por quarzo, mica e feldspato.
Hidráulica:
ciência que estuda o comportamento dos fluidos, envolvendo a parte de transporte, conservação de energia, massa e movimento.
Hidrogeologia:
parte da geociência que estuda as águas subterrâneas, englobando sua distribuição, escoamento, armazenamento, qualidade e fatores ambientais.
Incrustação:
material acumulado na superfície de rochas e equipamentos que geralmente acarreta efeitos indesejados na produção de água.
Índice de Qualidade de Águas (IQA):
indicador adimensional obtido por meio da média de nove parâmetros considerados cruciais para o abastecimento público. Estes parâmetros são: coliformes fecais, pH, demanda bioquímica de oxigênio, nitrogênio total, fósforo total, temperatura de equilíbrio, turbidez, resíduo total e oxigênio dissolvido. Este índice é tarjado em ótimo quando fica entre 80 e 100, bom entre 80 e 50, regular entre 35 e 50, ruim entre 19 e 35 e péssimo abaixo de 19.
Intemperismo:
ação de degradação das rochas por meio de processos físicos, químicos e biológicos, como por exemplo, vento, chuva, sol, ondas marítimas, rios, bactérias e outros.
Interstícios:
vacâncias existentes em rochas.
Jateamento:
técnica de manutenção e limpeza de poços. Uma ferramenta com furos bem distribuídos é descida no poço e água é então bombeada em alta pressão e alta vazão. Os jatos que saem velozmente da ferramenta e removem particulados e incrustações nas seções filtrantes, desobstruindo os canais de acesso da água ao poço.
Lençol freático:
região que separa a parcela subterrânea totalmente preenchida por água da parcela não preenchida. Normalmente o lençol freático de um aquífero livre encontra-se no mesmo nível de rios, lagos, açudes e brejos de uma mesma bacia.
Licenciamento ambiental:
procedimento administrativo onde o órgão ambiental autoriza a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos hídricos, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
Limpeza de poço:
processo de intervenção onde utiliza-se um conjunto de ferramentas e processos para a remoção de incrustações e particulados.
Locação do poço:
procedimento prévio que envolve o estudo hidrogeológico, geológico, de materiais e de equipamentos para se determinar o melhor local de perfuração do poço.
Manancial subterrâneo:
reservatório subterrâneo passível de captação de água.
Minipoço (mini-poço):
Também conhecido como poço semiartesiano. Modalidade de poço cuja a profundidade varia entre 0 e 60 metros, normalmente até encontrar uma rocha cristalina onde o sistema convencional de perfuração não consegue avançar.
Nascente de água:
afloramento de água onde o nível topográfico do local coincide com o nível freático do aquífero, sendo normalmente o início de um curso de água como córrego, ribeirão ou rio.
Nível dinâmico:
nível da água no interior do poço durante o bombeamento.
Nível estático:
nível máximo da água no interior do poço com o sistema de bombeamento em repouso.
Osmose inversa:
processo de separação onde uma membrana permeável separa o solvente do soluto. Este processo é muito usado na dessalinização de água, onde pode ocorrer uma redução da concentração de cloreto de sódio de 35.000 mg/l para 350 mg/l.
Outorga de uso de água:
este documento é um dos seis instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos estabelecidos no inciso III, do art. 5º da Lei Federal nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997. A outorga visa assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso aos recursos hídricos. A outorga é um ato administrativo mediante o qual o poder público outorgante (União, Estado ou Distrito Federal) faculta ao outorgado (requerente) o direito de uso de recursos hídricos, por prazo determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivo ato. O ato administrativo é publicado no Diário Oficial da União (no caso da ANA), ou nos Diários Oficiais dos Estados ou do Distrito Federal.
Percolação:
escoamento subterrâneo da água absorvida na superfície pelo subsolo.
Perfil de poço:
desenho esquemático de um poço, onde são desenhados os diferentes diâmetros, profundidades de cada fase, materiais e tipos de revestimento.
Permeabilidade:
medida da facilidade de um fluido escoar em um meio poroso, fraturado ou cárstico.
pH:
medida do potencial hidrogêniônico, ou seja, é uma grandeza adimensional que caracteriza a concentração de íons de hidrogênio em uma solução aquosa. Seu valor varia de 0 a 14, sendo 7 o valor neutro. Valores abaixo de 7 indicam uma solução ácida e acima de 7 uma solução básica. Um dos padrões de potabilidade estipula que para o consumo humano deste parâmetro deve estar entre 6 e 9.
Piezômetro:
tubo de pequeno diâmetro utilizado para analisar parâmetros hidrogeológicos em aquíferos, como por exemplo, níveis freáticos, qualidade da água e contaminações. No caso de ensaios de caudal, o piezômetro permite identificar formas, extensão e anisotropia do cone de rebaixamento formado em torno do poço que está sendo bombeado.
Pistoneamento:
técnica de manutenção de poços que consiste-se na inserção de um pistão ou êmbolo no interior do poço, aplicando uma pressão alternada. O movimento de subida e descida do pistão promove a entrada e a saída da água do poço para a formação, desobstruindo a seção filtrante e a zona produtora de água.
Pluma de contaminação:
região de contaminação onde substâncias poluidoras escoam no subsolo a partir de uma fonte emissora. A região de contaminação é influenciada por diversos parâmetros hidrogeológicos, como por exemplo, o gradiente hidráulico, velocidade do escoamento, tipo de recarga, permeabilidade do solo e natureza do contaminante.
Poço:
furo promovido em uma formação rochosa para fins de captação de água subterrânea.
Poço artesiano:
do ponto de vista original, a palavra ‘artesiano’ provém dos aquíferos localizados na região da Artésia, na França, que significa ‘poço jorrante’. Nesta região, o aquífero encontra-se confinado sob uma formação impermeável, que por sua vez ao ser perfurada, favorece a água jorrar na superfície naturalmente, sem a necessidade de sistemas de elevação artificial.Com a disseminação das técnicas de perfuração e dos meios de obtenção de água subterrânea, convencionou-se chamar qualquer poço de água de poço artesiano. Portanto, popularmente o poço artesiano é qualquer formação rochosa porosa, fraturada ou cárstica passível de captação de água subterrânea.
Poco direcional:
tipo de poço onde o trajeto da perfuração sai da linha vertical intencionalmente, atingindo uma posição final afastada horizontalmente da cabeça do poço.
Poço escavado:
poços perfurados manualmente, também conhecidos como poço amazonas, cacimba, cacimbão, cisterna ou poço caipira. Normalmente apresentam grandes diâmetros, acima de 1 metro, e são suscetíveis a contaminações superficiais.
Poço de monitoramento:
tipo de poço aplicado no estudo de aquíferos. O objetivo principal deste poço é permitir a captação de água para análise da qualidade e contaminação, como os indicadores PAH e BTEX. São mais utilizados em regiões de disposição de resíduos poluidores, como por exemplo aterros sanitários, lixões, postos de combustíveis e tanques de armazenamento de hidrocarbonetos. A construção do poço deve seguir as diretrizes da norma técnica NBR 13.895.
Poço de rebaixamento:
poço usado principalmente na construção civil para rebaixar o nível de água do aquífero livre, e permitir assim, a realização de trabalhos e intervenções no subsolo.
Poço tubular profundo:
poço para captação de fluidos em profundidades superiores a 60 metros, podendo atingir grandes profundidades. Em formações de petróleo e gás, por exemplo, as profundidades podem superar a casa dos 6.000 metros.
Porosidade:
relação entre o volume de vacâncias na rocha (poros e fraturas) e o volume de rocha total (rocha e vacâncias). Normalmente a porosidade está relacionada à permeabilidade da rocha e ambos são parâmetros importantes na produção de um poço.
Pré-filtro:
particulados em forma de cascalho ou pedregulho com granulometria específica. A função do pré-filtro é reter o particulado proveniente da formação, aquela que torna a água suja e com sabor de barro. As partículas menores que passam pelo pré-filtro são retidas pelo filtro. O pré-filtro é depositado entre a parede da formação e o filtro.
Quadro de comando:
conjugado de componentes elétricos e eletrônicos utilizado para controlar o sistema de bombeamento.
Qualidade da água:
classificação da água quanto às propriedades físicas, químicas e biológicas e seus efeitos para a saúde humana. A qualidade é obtida por meio de um índice que leva em consideração nove parâmetros, quais sejam: coliformes fecais, pH, demanda bioquímica de oxigênio, nitrogênio total, fósforo total, temperatura de equilíbrio, turbidez, resíduo total e oxigênio dissolvido. A qualidade da água é classificada em ótima quando o índice for entre 80 e 100, boa entre 80 e 50, regular entre 35 e 50, ruim entre 19 e 35 e péssima abaixo de 19.
Radiestesia:
sensibilidade hipotética à percepção de energias e radiações emitidas pela natura e seres vivos. No ramo de perfuração de poços, trata-se de uma enganação onde algumas pessoas usam uma forquilha para detectar a presença de água. Sequer os métodos geofísicos mais sofisticados conseguem garantir a presença da água, algumas pessoas ainda o fazem. O mais impressionante é que em pleno século XXI ainda existem pessoas que acreditam nesta técnica.
Rebaixamento do lençol freático:
técnica de perfuração e bombeamento capaz de rebaixar o lençol freático e permitir intervenções e construções no subsolo.
Recarga de aquífero:
refere-se ao volume de água absorvido pelo aquífero a partir de água de chuva e de água superficial. A área de recarga ou zona de recarga pode ser direta ou indireta. As maiores taxas de recarga ocorrem nas regiões planas e bem arborizadas. Em regiões de relevo acidentado, sem cobertura vegetal, sujeitas a práticas de uso e ocupação que favorecem as enxurradas, a recarga ocorre mais lentamente e de maneira limitada.
Recursos hídricos:
Fonte de água subterrânea ou superficial disponível para uso humano, agropecuário ou industrial.
Reuso de água:
recuperação e limpeza da água após sua utilização em um determinado processo. Normalmente a água de reuso é aplicada em processos que não exigem altos índices de qualidade da água, como por exemplos em lavadores de carro, irrigação e resfriamento.
Sedimentação:
no ramo da geologia, a sedimentação consiste-se na deposição de detritos ou sedimentos devido à ação da gravidade e à diferença de densidade entre os meios. A sedimentação pode ter origem fluvial, pluvial, marinha, glacial, eólica ou lacustre.
Semiartesiano (semi-artesiano):
Também conhecido como poço minipoço. Modalidade de poço cuja a profundidade varia entre 0 e 60 metros, normalmente até encontrar uma rocha cristalina onde o sistema convencional de perfuração não consegue avançar.
Sistema de bombeamento:
conjunto de equipamentos eletrônicos e mecânicos utilizados para bombear água de fundo do poço para a superfície. Fazem parte do sistema de bombeamento, um motor elétrico, rotores, estator, sensor de nível, boia, tubulação edutora e quadro de comandos.
Teste de vazão:
procedimento de avaliação de parâmetros hidrogeológicos onde são monitorados diversos parâmetros, como por exemplo, o nível de rebaixamento, vazão e tempo. Os testes de vazão devem seguir as diretrizes da norma técnica NBR 12.244 e podem ser do tipo contínuo ou escalonado. O teste de vazão contínuo é indicado quando a vazão máxima for inferior a 20.000 l/h e deverá ter duração de 24 h. Para poços com vazões inferiores a 5.000 l/h a duração do teste poderá ser de 12 h, desde que o nível dinâmico do poço se estabilize por pelo menos 6 h. O teste escalonado deverá ser realizado em poços com vazões superiores a 20.000 l/h, sendo este dividido em três etapas de bombeamento, 30%, 60% e 100% da vazão máxima de explotação. Cada etapa deverá ter duração tal que permita a estabilização do nível dinâmico durante as últimas 6 h. A passagem de uma etapa para outra, deverá ser executada automaticamente por estrangulamento do registro, sem que o bombeamento seja interrompido. O teste escalonado deverá ser feito com a utilização de bomba submersa. O teste de recuperação faz parte do procedimento de teste de produção e deve-se medir a recuperação do nível estático do poço tanto no bombeamento contínuo quanto no escalonado.
Turbidez:
medida do índice de transmissão de luz através de uma amostra de água. Trata-se de uma propriedade física decorrente da presença de particulados suspensos que interceptam o feixe de luz. A turbidez, por estar ligada à presença de particulados, é usada como um dos parâmetros do índice de qualidade da água.
Vazão:
volume de água produzida por intervalo de tempo.
Vazão específica:
razão entre a vazão e o rebaixamento do nível dinâmico do poço, sendo uma medida mais precisa da capacidade produtiva de um aquífero do que a vazão simplesmente.
Zona de recarga:
área superficial onde ocorre a absorção de água que alimenta o aquífero.
Zona não-saturada:
parte do subsolo que encontra-se parcialmente preenchida por água. Esta região também é conhecida como zona de aeração ou zona vadosa, é onde ocorre o fenômeno de transpiração pelas raízes das plantas e de filtração e depuração da água. Encontram-se distribuídas nesta região as seguintes zonas: zona de umidade do solo, zona intermediária e franja de capilaridade.
Zona saturada:
região inferior à zona não-saturada, onde as vacâncias, como poros, fraturas e cartes, estão completamente preenchidos por água.