Os poços artesianos executados pela Ótima Perfurações seguem as diretrizes da norma técnica “NBR 12244 – Construção de poço para captação de água subterrânea”. Para iniciar a perfuração alguns itens prévios são necessários, quais sejam:

  • Projeto elaborado de acordo com as diretrizes da norma técnica NBR 12212, contendo principalmente a locação do poço, perfil litoestratigráfico previsto, programa construtivo, método de perfuração, especificações técnicas construtivas do revestimento e dos materiais e cronograma físico da obra.
  • Equipamentos e ferramentas de perfuração, de completação e auxiliares.
  • Responsável técnico habilitado.
  • Fiscalização por parte do contratante

A perfuração de um poço artesiano para captação de água subterrânea inicia-se com a preparação do canteiro de obras, onde são preparados os acessos, encascalhamentos, confecção de bases e de terraplanagem quando for o caso. Nesta fase envolve a instalação e nivelamento da sonda perfuratriz e dos equipamentos auxiliares, como compressores, tanques de água e de lama, além de instalações em geral e disposição de materiais.

Em seguida realiza-se a perfuração inicial, instalando-se o tubo de boca para a proteção sanitária a fim de evitar o desmoronamento do terreno sedimentar inconsistente da superfície. Prossegue-se com a perfuração de um furo-guia ou furo-piloto visando maximizar a taxa de penetração da broca e também averiguar a presença de água subterrânea no local. Com o avanço da perfuração são coletadas amostras do subsolo, em intervalos de 2 em 2 metros, e também verificados os parâmetros da perfuração e dos fluidos.

O dimensionamento da coluna de revestimento envolvendo tubos lisos e filtros tubulares deve ser feito com a análise das amostras de subsolo coletadas. O perfil litológico deve ser elaborado com base no estudo destas amostras, e se for o caso, juntamente com informações de perfis de penetração, elétricos, radiativos, sônicos e outros. A análise granulométrica também servirá de base para a especificação da granulometria do pré-filtro a ser posicionado em volta do filtro tubular.

Após a descida do revestimento tubular, do filtro e do pré-filtro, procede-se com o chamado ‘desenvolvimento do poço’, onde estimula-se a produção de água por meio de injeção de ar proveniente do compressor. Esta etapa visa à limpeza do poço e da formação próxima à seção filtrante.

A retirada das impurezas do poço permite prosseguir com o teste de vazão, realizado normalmente por meio de bombas centrífugas submersíveis. Nesta etapa são anotadas informações referentes à capacidade produtiva do poço, como por exemplo, nível estático, nível dinâmico, vazão específica e recuperação de nível. No final do teste de vazão são coletadas as amostras para a análise da qualidade da água.

Em seguida são realizados serviços e obras complementares, como a cimentação, desinfecção, construção de laje de proteção sanitária e tamponamento.

Por fim, o relatório final é preparado com base nas diversas informações adquiridas ao longo da execução dos serviços, como o perfil do poço, teste de vazão e análise da qualidade da água.

Com relação aos serviços preliminares, o local de perfuração deve ser devidamente preparado para instalação da perfuratriz e seus acessórios, bem como para a construção das obras temporárias, como reservatórios de lama e água, valetas de escoamento, iluminação para trabalhos noturnos, instalação de linhas de pressão, posicionamento do compressor e outros.

Os equipamentos e materiais devem estar bem dispostos, seguindo os princípios de organização e praticidade de modo a não prejudicar o andamento da obra. Medidas gerais de proteção e segurança devem ser adotadas para evitar acidentes pessoais na área de serviço.

Em local conveniente, deve ser instalada a infraestrutura necessária, como por exemplo, vestiário, refeitório, sanitário e água potável, de modo a assegurar ao pessoal da obra condições de descanso e higiene compatíveis com a natureza dos serviços.

Em relação aos equipamentos, a Ótima Perfurações disporá de máquina perfuratriz e de equipamentos, ferramentas e materiais em quantidade e capacidade suficientes para assegurar a execução dos trabalhos. Qualquer substituição de máquina, ferramenta ou acessório indispensável durante a perfuração para a execução do programa construtivo do poço deve correr por conta e risco da Ótima Perfurações.

Qualquer alteração nos diâmetros e profundidades estabelecidas em projeto somente poderá ser efetivada mediante autorização do cliente, tendo como base o parecer técnico da fiscalização.

A perfuração pode ser, inicialmente, executada através de um furo-piloto, com posterior alargamento nos diâmetros previstos no programa construtivo do poço.

A amostragem do material perfurado é feita de 2 m em 2 m e a cada mudança litológica. As amostras coletadas normalmente são secadas e dispostas em ordem crescente de perfuração, em caixas numeradas com os respectivos intervalos de profundidade. Uma vez examinadas pela fiscalização, as amostras são acondicionadas em sacos plásticos etiquetados ou em vidros rotulados com as informações sobre a profundidade e a identificação do poço. As amostras selecionadas para análise granulométrica pesam no mínimo 1 kg e são encaminhadas ao laboratório para análise granulométrica.

A lama de perfuração nos poços perfurados pelo método rotativo com circulação direta tem seus parâmetros físicos e químicos controlados durante a perfuração, a fim de evitar danos à formação e promover uma limpeza adequada do poço. Salvo em situações especiais, os parâmetros são mantidos com as seguintes especificações: 1) densidade entre 1,04 e 1,14; 2) viscosidade aparente entre 35s e 60s Marsh; 3) conteúdo de areia inferior a 3 % em volume e 4) pH entre 7,0 e 9,5.

Durante a perfuração do poço, a equipe técnica mantém um registro diário atualizado da perfuração, contendo as seguintes informações: 1) diâmetro e profundidade do furo, 2) material perfurado, 3) registro temporal e 4) profundidade do nível de água no início e no fim da jornada de trabalho. Ao término da perfuração, na presença da fiscalização, mede-se a profundidade exata do poço.

Com base nas diversas informações adquiridas ao longo da perfuração, como por exemplo, descrição das amostras coletadas, informações do diário de perfuração e nos registros dos perfis corridos, monta-se o perfil composto definindo a posição dos intervalos da formação.

No que tange ao revestimento do poço, envolvendo a instalação da coluna de tubos, filtros e pré-filtros, as determinações da abertura das ranhuras dos filtros e da granulometria do material de pré-filtro devem ser feitas com base na análise granulométrica das amostras litológicas adquiridas durante a perfuração. A quantidade máxima de areia permissível em água de poço é de 10 g/m3. Já a colocação da coluna de tubos e filtros deve evitar deformações ou ruptura do material a fim de não comprometer a sua finalidade ou dificultar a introdução de equipamentos, como bombas centrífugas submersíveis, por exemplo.

Durante a descida e ao longo da coluna de tubos e filtros, devem ser usadas guias centralizadoras, de modo a mantê-la centralizada e assegurar a posterior colocação de pré-filtro. As juntas e conexões dos tubos de revestimento devem ser perfeitamente estanques. A extremidade inferior da coluna de tubos e filtros deve ser tampada por meio de peça apropriada ou de cimentação do fundo do poço, salvo em situações onde a completação ocorrem rocha cristalina.

A colocação do pré-filtro, quando requerida no programa construtivo do poço, é feita lentamente, de modo a formar anel cilíndrico contínuo entre a parede de perfuração e a coluna de tubos e filtros. O método de colocação do material do pré-filtro é realizado meio de bombeamento com fluido até o completo preenchimento do espaço anular.

Após a instalação da coluna de tubos e filtros, procede-se com a completação do poço. Nesta fase o poço é bombeado até que a turbidez e a concentração de areia estejam abaixo dos limites admissíveis. Normalmente em poços perfurados com lama, a Ótima Perfurações utiliza tensoativos (polifosfatos) a fim de facilitar a remoção de argilas.

A Ótima Perfurações é habilitada a prestar serviços de perfuração de poços e atua sob responsabilidade técnica de profissional de nível superior, devidamente credenciado junto ao CREA, com ART de obras e com base em projeto executivo em acordo com as diretrizes da norma NBR 12212.

Antes do início das obras a empresa fornece cronograma físico com previsão das diversas fases da construção, como por exemplo, perfuração, perfilagem, descida de revestimentos, filtros, pré-filtros, completação e testes. Aconselha-se ao cliente que haja a presença e o acompanhamento de um fiscal sob sua responsabilidade.

Com relação ao teste de bombeamento e de recuperação do poço, a empresa deve realizá-lo ao término da perfuração. Todos os equipamentos e materiais necessários à continuidade do poço devem ser fornecidos pela Ótima Perfurações. O emprego de ar comprimido só deve ser aceito excepcionalmente e com aprovação do cliente. Durante a instalação dos equipamentos, o poço deve-se dispor de uma tubulação auxiliar de no máximo ¾” destinada à medição dos níveis de água.

Antes de iniciar o teste de bombeamento a empresa deve certificar-se do retorno da água ao nível estático. Os dispositivos de medição de vazão devem assegurar facilidade de medição e precisão. Para vazões de até 40 m3/h são aceitos recipientes de volume aferido, ao passo que para vazões maiores deve ser usados medidores de fluxo contínuo, como por exemplo, medidores Venturi, placa de orifícios e magnéticos. A tubulação de descarga da água na superfície é dotada de válvula de regulagem sensível e de fácil manejo, permitindo controlar e manter constante a vazão em diversos regimes de bombeamento. O lançamento da água extraída é feito a uma distância de no mínimo 15 metros, de modo a não interferir nos resultados dos testes.

Em casos de poços com vazão inferior a 5 m3/h o teste final de bombeamento é feito à vazão constante, com a condição de que tenha duração total não inferior a 24h, assegurada a estabilização do nível dinâmico durante o mínimo de 4h.

Por fim, elabora-se o relatório final descrevendo detalhadamente os seguintes itens:

  • nome do proprietário;
  • localização do poço;
  • cota do terreno;
  • método de perfuração;
  • perfil litológico;
  • perfil de poço;
  • materiais;
  • locais de cimentação;
  • teste de vazão;
  • análise física, química e bacteriológica da água;
  • nome, número de registro no CREA e assinatura do profissional habilitado.